Boletim de março

Boletim informativo comunitário
Março/2013 – #1

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Construir uma educação contra-hegemônica

Hoje é dia do Professor, mas não há nada que comemorar! As escolas de ensino fundamental e médio continuam servindo a necessidade de atender a demanda do mercado por mão de obra, relegando a seus espaços um cotidiano estressante, burocrático e violento. É hora de estudantes e educador@s tomarem ciência que os conflitos que rondam as escolas têm suas causas localizadas muito além de seus muros.

Manifesto pela construção de uma educação contra-hegemônica

 “Se o povo soubesse o talento que ele tem

Não aturava desaforo de ninguém!”

(adaptação da música “Pedro e Teresa” de Teresa Cristina)

Há uma ideologia na educação que pretende perpetuar o entendimento distorcido de seus problemas internos. Ignora-se a causalidade dos fatos e leva estudantes e trabalhador@s da educação a assumirem posições conflituosas entre si e com a sociedade.

Ao contrário de ser explicitamente produzida, esta posição é decorrente de um sistema de idéias e desejos de agentes específicos. Na prática, ela cumpre a função de legitimar posições privilegiadas, ao mesmo tempo que desagrega forças sociais que poderiam ser nocivas a concentração de poder e renda.

De um lado, temos aqueles que concentram a maior parte do poder sobre trabalhadores, apoiados por funcionários um pouco abaixo da hierarquia empresarial, como psicólogos e diretores administrativos. De outro, temos os funcionários em geral, que tem seu comportamento moldado para servir a um ganho maior de produtividade.

No trabalho, esta ideologia é dirigida pela política de “relações humanas” caracterizada pelas dinâmicas de grupo que incentivam a integração e simulam relações familiares. Na realidade, busca-se seduzir o trabalhador e manipular seu comportamento psicológico e afetivo para obter dele maior rendimento, de uma forma muito mais efetiva que os antigos interrogatórios individuais.

Esta prática intervém diretamente sobre a experiência cotidiana no trabalho e mantém o trabalhador subordinado ao superior pela sedução e pelo medo. As desigualdades econômicas internas são ocultadas por felicitações e elogios simbólicos, que retribuem esforço mental e físico com satisfação pessoal. Auxiliado pelas mídias de massa, o trabalho infantiliza o indivíduo que passa a ser o centro de seus interesses, mantendo-se cativo e obediente.

Busca-se incessantemente dominar os conflitos e normalizar um comportamento que é construído. Toda contestação e oposição entre superiores e subordinados, é vista como um desvio da “ordem” e tratado como um problema moral (ou como uma doença) e não como uma consequência das relações de concentração de renda e de poder. O indivíduo passa a ser, então, culpabilizado por sua posição na classe social, seu local de moradia, sua função no trabalho, seu acesso a serviços de qualidade, etc.

Neste ponto, a pedagogia empresarial aproxima-se da política profissional quando esta difunde tipologias como “pátria” e “nação”, que ocultam as situações reais de cada um em discursos puramente demagógicos de apego a “cidadania”, sinônima de obediência e passividade. Se levarmos em consideração os séculos de submissão e clientelismo que marcaram a história do Brasil isso torna-se ainda mais grave.

Ao extrapolar o universo empresarial, essa consciência cria costumes e mentalidades marcadas pela negação da existência das desigualdades, pela efemeridade da vida em detrimento do bom desempenho profissional e pela irresponsabilidade às conseqüências de suas ações. Como afirma Tragtenbeg (2004) “manipulado, angustiado, inculpado, o indivíduo hoje se caracteriza por grande apatia política. Porque? Porque o poder social de um indivíduo é igual ao do outro”, porque foi deliberadamente fragmentado pela pedagogia empresarial.

Como não percebe que seus conflitos de interesse são gerados por antagonismos de classe (pela desigualdade de poder e propriedade) e não pessoais, formam-se pessoas imaturas politicamente. Atomizada, a população perde seu poder de transformação social, que só pode ser exercido coletivamente com outros que compartilhem sua visão de mundo.

Nós do coletivo Apoio Mútuo, compreendemos que este estado de apatia só pode ser superado definitivamente se incentivarmos a ruptura com estas causas. Os conflitos que envolvem pais, alun@s e trabalhador@s da educação não podem estar acima dos antagonismos entre nós e aqueles que têm seus interesses privilegiados. É a lógica do mercado que toma a vida por assalto e a centralização do poder político nas mãos de poucos que devemos combater.

Precisamos construir uma alternativa que esteja inserida no cotidiano da população para fazer frente a pedagogia empresarial e tornar público tudo o que sofremos e lutamos. Neste sentido é que propomos aos professor@s e alun@s da rede pública a construção de um movimento que transforme as escolas em locais de convergência de um pensar crítico e de formação de uma prática combativa, que dialogue com movimentos e organizações sociais. Mais do que ações pontuais precisamos romper os muros que cercam os alun@s e dividem as diferentes categorias dos professor@s e nos mobilizar.

Por uma educação gratuita, popular e crítica!

Por uma educação desvinculada da lógica de mercado!

Pelo fortalecimento das mobilizações sociais!

Pela mobilização de alun@s e professor@s dentro e fora das escolas!

Bibliografia

TRAGTENBERG, M. Administração, poder e ideologia. São Paulo: Moraes, 2004.

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Ata da Reunião do dia 06/10

Conversamos sobre a formação de uma movimentação pedagógica contra-hegemônica:

– Pedagogia não é o foco, o foco é contribuir para os movimentos sociais e para a emancipação econômica e política da população
– Poderiamos nos focar em duas coisas:

atividades: com temas especificos (ex: feminismo) e abordando criticamente
os movimentos que existem dentro deste tema. Eles servirão como referências para os alunos de uma outra forma de “cidadania”
mobilizar os alunos: em torno de temas de interesse que podem estar inseridos no espaço da sala, da escola, do bairro… etc.
O momento (se é no recreio, na aula, nas férias, no fds…) pode ser decidido de acordo com cada contexto escolar.
Essa etapa é mais complicado porque exige que o professor(a) assuma um compromisso continuo além da profissão.

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Ato político cultural pelo fim dos massacres contra a população periférica

 A Rede 2 de Outubro junto com demais movimentos sociais organizaram no dia 2 de outubro na Praça da Sé um ato político-cultural em repúdio aos sucessivos massacres praticados pela PM contra a população periférica em geral e uma homenagem as vítimas do massacre do Carandiru, onde mais de 111 pessoas morreram a mando do Estado.

 

Segue o link para contato com as organizações.

http://rede2deoutubro.blogspot.com.br/

http://maesdemaio.blogspot.com.br/

http://redeextremosul.wordpress.com/2012/08/08/nao-te-cales-e-o-massacre-do-carandiru/

 

TODO APOIO

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[Projeto Feridas] Protesto de moradores de favela incendiada interrompe linha do trem

 A Linha 12 (Brás – Calmon Viana) foi interrompida entre as estações São Miguel e Brás, no fim da tarde do dia 29 de setembro de 2012. Segundo a CPTM, moradores da região atearam fogo no trilhos como protesto ao incêndio de suas moradias na favela da Paixão na manhã do dia anterior (28). O incêndio destruiu 85 das 220 moradias. Também houve bloqueio da Avenida Jacú-Pêssego com barricadas e pneus incendiados. Vale ressaltar que este foi o quarto incêndio em São Paulo em duas semanas, e todos são suspeitos de serem propositais como forma de abrir caminho para especulação imobiliária, no caso dessa região, pode ser por influência das obras do estádio Itaquerão.


Todo apoio.

 

 

 

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[Projeto Feridas] Manifestação contra a higienização de SP

O ato tinha como tema central demonstrar repúdio a higienização que tem sido implementada pela política nazista do querido prefeito Gilberto Kassab.

A concentração foi marcada para as 17h do dia 27 de Julho, mas por falta de pessoas não saiu em passeata. Apesar disso, aqueles que permaneceram no frio da noite paulistana fizeram cartazes e compartilharam suas revoltas para as mídias alternativas presentes. No final da noite foi feito um Sopão como resposta simbólica a proibição recente da prefeitura das distribuições de sopas no centro.

Próximo dia 19 de Agosto, com concentração ás 19h, ocorrerá um acampamento na praça da Sé que pretende virar a noite e dar continuidade as manifestações populares.

Nossa solidariedade ativa aos companheiros e companheiras nessa luta!

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[Projeto Feridas] Manifestação contra o genocídio da juventude negra

Entidades dos Movimentos Estudantil, Negro e Popular, reunidas no autodenominado Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra, promoveram no dia 11/07 um ato no vão livre do Masp, o objetivo foi alertar a sociedade para os crimes cometidos pelo Estado contra a população periférica em geral.
Participaram desse evento vários coletivos que apoiam essa luta, segue a lista:

1. Amparar (assoc. de apoio a presidiários e familiares) 
2. Assembléia Nacional do Estudantes – Livre (ANEL) 
3. Campo Rompendo Amarras 
4. Coletivo Anarcopunk Diversidade 
5. Coletivo Contra Tortura 
6. Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR) 
7. Coletivo Merlino 
8. Coletivo Perifatividade 
9. Coletivo Universidade em Movimento (USP) 
10. Coletivo Zagaia 
11. Comitê Pró-Haiti 
12. CSP-Conlutas 
13. DCE USP 
14. Educação Popular 
15. *Frente do Esculacho Popular* 
16. Força Ativa 
17. Fórum de Esquerda 
18. Fórum de Hip Hop 
19. Instituto Luiz Gama 
20. Levante Popular da Juventude 
21. Luta Popular 
22. Movimento Negro Unificado 
23. Núcleo de Consciência Negra (USP) 
24. Observatório das Violências Policiais de SP 
25. PSOL 
26. Quilombo Raça e Classe 
27. Sarau da Fundão 
28. Sarau da Ocupa 
29. Sarau do Binho 
30. Secretaria de Negros e Negras do PSTU 
31. Sindicatos dos Metroviários 
32. Sintusp 
33. Sujeito Coletivo 
34. Tortura Nunca Mais 
35. Tribunal Popular 
36. Uneafro – Brasil 
37. União dos Estudantes Angolas – SP 
38. Unidos pra Lutar

A participação de diferentes coletivos prova que a luta não se resume apenas em áreas de “conforto” e sim em uma ação conjunta para que possamos enfraquecer esse sistema corrupto e injusto. Todo apoio
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[Projeto Feridas] Marcha contra os despejos e remoções em São Paulo (SP)

O ato ocorreu dia 11/07 na rua Mauá onde está localizada a ocupação Mauá, que junto com as demais ocupações na cidade de São Paulo abrigam cerca de 10 mil famílias que vivem em condições precárias.

Segue a nota da organização do evento.

Somos mais de 10 mil pessoas vivendo em condições precárias, áreas de risco, cortiços, favelas e pensões, vítimas de despejos e violência. Estão em andamento, no centro da cidade, várias ordens de reintegração de posse.

O despejo de famílias pobres de suas moradias também ameaça os atingidos pelas grandes obras como o Rodoanel, em regiões como Jardim Paraná, Perus, Carapicuíba e Parada de Taipas. Há ainda as obras da Copa de 2014 e os projetos Nova Luz, Operação Urbana Água Branca e Lapa-Brás, Parque Linear Várzea do Tietê e ameaça de remoção na comunidade Vila Nova Esperança, que levam a desapropriações truculentas e sem negociação.

Essas alterações urbanas violam o direito à moradia, garantido pela Constituição. Remoções devem ser chave a chave: a família só deixa sua casa quando tiver uma nova, em local apropriado.

Temos direito a um lugar para morar sem ameaça de remoção, com educação, saúde, lazer e transporte. O direito à moradia deve ser garantido independente da renda ou da capacidade de pagar do morador.

Não temos acesso às linhas de financiamento para habitação e necessitamos de políticas públicas para garantir o acesso da população mais pobre a uma moradia decente. Resta a nós como única saída a organização popular para lutar e defender os nossos direitos. PRECISAMOS DE NOSSAS MORADIAS! Exigimos que nossos governantes não sejam indiferentes a um problema social tão grave permitindo que sejamos jogados na rua sem nenhum esforço para evitar essa tragédia social! Exigimos que as autoridades públicas não sejam mais coniventes com esse crime.

Que não deixem mais os interesses da especulação imobiliária se sobreporem ao direito à vida.

E exigimos o fim de toda forma de violência ou intimidação antes, durante ou depois da remoção.

As ações truculentas se repetem dia-a-dia, nos despejos e na atuação da polícia contra a população pobre, sobretudo contra jovens e negros. Também o Tribunal de Justiça é hoje um dos maiores inimigos dos que lutam, defendendo os interesses de poucos. Exigimos o fim da criminalização da luta do povo. E para combater a violação de direitos e exigir moradia digna, vamos realizar este ato contra remoções!

Fonte: http://www.portalflm.com.br/noticias/marcha-contra-os-despejos-e-remocoes-em-sao-paulo-sp/2345

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Ata – Reunião do dia 09/07

A reunião foi orientada pela experiencia na Cúpula dos Povos. Começamos abordando a questão do feminismo e da Associação de Mulheres do Brasil e da Marcha Mundial das Mulheres na Cúpula.

Seguimos para a discussão sobre a Universidade Popular dos Movimentos Sociais e nossa possível articulação com eles. Foi apresentado o histórico, a ligação deste com convênios governamentais e o objetivo desta organização.

Apartir dai conversamos sobre o histórico, a teoria econômica e a organização do Movimento Sair do Capitalismo e da organização Crítica Radical. Após vermos os vídeos decidimos nos juntar a luta divulgando a crítica ao capitalismo e ao Estado e orientando nossas ações pelo raciocínio que formulamos, apartir do anteprojeto lançado por eles.

Pré-pauta para a proxima reunião:  a elaboração da estratégia de ação e de divulgação do movimento, retomada das ações que planejamos pra setembro e “que fazer com as eleições?”.

http://sairdocapitalismo.blogspot.com.br/2012/06/blog-post.html

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Novo canal do coletivo no YouTube

O WordPress infelizmente tem uma cota muito baixa para arquivos de mídia. Assim, criamos um canal no YouTube para colocarmos nossos vídeos e podermos divulgá-los mais rapidamente pelo blog e pelas redes sociais.

Estamos terminando de subir os vídeos que fizemos na Cúpula dos Povos e em breve já teremos todos disponibilizados.

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